Desde o fim da primeira grande guerra, não só na Alemanha, como na URSS ou mesmo na Itália, havia a necessidade de se recuperar aquilo que lhe pertencia por direito, perdido durante a guerra, no caso dos dois primeiros países. Já no caso da Itália, a reivindicação era por ter recebido miseras possessões de terras na África. Ou seja, na Europa o descontentamento era grande com o que fora perdido ou deixado de ganhar durante a I Guerra Mundial.
No caso da Alemanha, havia perdido o chamado “corredor polonês” que dividia o seu território e dava a Polônia saída para o mar, além da perda de terras na fronteira com Tchecoslováquia. A URSS (Rússia), ainda durante a Revolução de 1917 foi obrigada a sair da I Guerra, e assinar um acordo com a Alemanha cedendo parte de seu território (Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia), que neste caso, com a derrota alemã, tornaram-se independentes.
No caso da Itália, que tinha pulado para o lado da Tríplice Entente, reivindicava mais possessões na África, porém, pouco fora atendida, sendo muitas vezes até desprezada pelas grandes potências, França e Inglaterra. Junto a esse descontentamento, por parte das elites italianas, estavam as elites alemãs que além de tudo, foram obrigados a pagar altos impostos aos ingleses e franceses por iniciar a Guerra. Acrescente a isso, os regimes totalitários, com características expansionistas implantados nesses dois países, como solução encontrada para a crise econômica. Dava-se então o pontapé inicial para a Guerra.
Em 1935, a Alemanha anuncia a criação da força aérea militar e planeja reintroduzir o serviço militar obrigatório, descumprindo o tratado de Versalhes assinado pelas potências europeias. No entanto, a Inglaterra nada fez para obrigar os alemães a cumprir o tratado, a fim de não prejudicar o seu “freguês”, pois mantinha relações comerciais com aquele país. Enquanto a Alemanha descumpria o tratado, remilitarizando a região da Renânia, a França e a URSS assinavam um pacto de ajuda mútua, prevendo uma ação alemã.
A Alemanha e o Japão assinaram o Tratado Anticomunismo, em 25 de novembro de 1936, tendo a adesão da Itália em outubro de 1937, dois meses antes desta sair da Liga das Nações, por ter sofrido sanções das mesma, depois de tropas italianas invadirem a Abissínia (atual Etiópia), em 1935.
A Áustria é anexada ao território alemão, praticamente sem resistência em 12 de março de 1938, no mesmo ano em que a Itália também invade a Albânia, e assina com a Alemanha o pacto do aço. Em 29 de setembro a Alemanha em acordo com as potências (Inglaterra, França e Itália) ocupa a região dos Sudetos na Tchecoslováquia, devido ao suposto descontentamento alegado pelos alemães, que se diziam perseguidos pelos tchecos e eslovacos. Já sem defesa, depois da perda dessa estratégica região, a Tchecoslováquia também é anexada à Alemanha.
Outro acordo polêmico fora o pacto de não agressão entre a Rússia e a Alemanha em 23 de agosto de 1939, pois esse pacto dividia a Polônia entre as duas potências, devolvendo a elas o que fora seus territórios por direito, antes da I Guerra Mundial. Logo depois da anexação da Tchecoslováquia, a Inglaterra sabedora dos planos expansionista alemães de invasão da Polônia, dar garantias a esse país de intervenção, caso isso aconteça, garantias essas estendidas também a Grécia, devido ao ataque italiano a Albânia. Em 1° de setembro de 1939, a Alemanha invade a Polônia, e depois de dois dias de negociações sem sucesso entre ingleses e alemães, a Inglaterra e a França declaram guerra a Alemanha, tendo inicio assim a II Guerra Mundial.
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