sábado, 24 de setembro de 2011

Alemanha e o fim da Segunda Guerra



Dupla: Rafaela Silva | Willams Sá
Série: 3º ano        Turma: A      Turno: Manhã

Em 1939, teve início a Segunda Guerra Mundial. Hitler, colérico, enviou
toda a tropa alemã. Depois de inúmeras derrotas, o exército alemão tentou
a última cartada: em junho de 1941 invadiu a União Soviética. Apesar das
vitórias iniciais, Hitler não contava com o rigoroso inverno e suas tropas
foram surpreendidas, ficando cercados por tropas russas. Sem comida, sem
água e enfrentando um frio congelante, o exército alemão foi derrotado.
Hitler, cercado pelo exercito vermelho, em seu bunker, suicidou-se com um
tiro na cabeça.

O país ficou em colapso, a Alemanha foi dividida pelos Aliados em quatro
zonas de ocupação militar; as três zonas a oeste viriam a formar a República
Federal da Alemanha (conhecida como Alemanha Ocidental), enquanto que a
área ocupada pela União Soviética se tornaria a República Democrática da
Alemanha (conhecida como Alemanha Oriental), ambas fundadas em 1949.
A Alemanha Ocidental estabeleceu-se como uma democracia capitalista e
a sua contraparte oriental, como um Estado comunista sob influência da
URSS. Em Potsdam, os Aliados decidiram que as províncias a leste dos
rios Oder e Neisse seriam transferidas para a Polônia e a Rússia. O acordo
também determinou a abolição da Prússia e a repatriação dos alemães que
residiam naqueles territórios, formalizando o êxodo alemão da Europa
Oriental.

As relações entre os dois Estados alemães do pós-guerra mantiveram-se
frias, até a política de aproximação com os países comunistas da Europa
Oriental promovida pelo Chanceler ocidental Willy Brandt, nos anos 1970,
cujo conceito principal era "Dois Estados alemães dentro de uma nação
alemã". O relacionamento entre os dois países melhorou e, em setembro de
1973, as duas Alemanhas tornaram-se membros da Organização das Nações
Unidas. Durante 1989, mudanças políticas ocorridas na Alemanha Oriental e na
União Soviética permitiram a reunificação alemã.



COMPONENTES: PALOMA, RAÍZA, RENATA e IZABELA.

     As tropas alemãs capitularam definitivamente em 8 e 9 de Maio de 1945. Os membros do último governo do Reich, encabeçado pelo almirante Karl Dönitz, foram presos. Juntamente com outros líderes da ditadura nazista, respondeu por crimes de guerra e contra a humanidade perante o Tribunal de Nuremberga, instaurado pelos Aliados.
     As quatro potências vencedoras ─ Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética ─ assumiram o poder e dividiram o território alemão em quatro zonas de ocupação. Sob o controle soviético ficaram os territórios a leste dos rios Oder e Neisse. Berlim também foi dividida em quatro sectores.
     Os diferentes sistemas de domínio no Ocidente e no Leste geraram divergências entre os Aliados, que não conseguiam definir uma política comum para a Alemanha vencida. Na Conferência de Potsdam, que ocorreu entre 17 de Julho e 2 de Agosto de 1945 para estabelecer as bases de uma nova ordem europeia no pós-guerra, só houve consenso quanto a quatro ações prioritárias na Alemanha: desnazificar, desmilitarizar, descentralizar a economia e reeducar os alemães para a democracia.
Muitas indústrias alemãs haviam escapado dos bombardeios, mas a pequena oferta de produtos estava longe de suprir a demanda; os Aliados confiscaram grande parte da produção para o pagamento das reparações de guerra. A política econômica restritiva dos Aliados só mudou quando se impôs a convicção de que a Alemanha Ocidental poderia ser um importante baluarte contra o avanço do comunismo soviético.
     Embora recebesse ajuda dos EUA desde 1946, foi só com o programa de luta contra "a fome, a pobreza, o desespero e o caos" que a Alemanha Ocidental recebeu o impulso decisivo para iniciar sua reconstrução. O chamado Plano Marshall disponibilizou 1,4 mil milhões de dólares de 1948 a 1952.
     A Zona de Ocupação Soviética não teve a mesma sorte, tendo que arcar sozinha com os custos de sua recuperação, além de sofrer a sangria das reparações de guerra e o esvaziamento pela desmontagem de fábricas, caminhos de ferro e instalações que eram levadas para a União Soviética.

Após unir as três zonas de ocupação, os aliados ocidentais – Estados Unidos, França e Reino Unido – decidiram, em 20 de Junho de 1948, implantar uma reforma monetária e criar um Estado provisório sob seu controlo. Um mês depois, cada cidadão alemão pôde trocar 40 Reichsmark por 40 unidades da moeda então introduzida pelos Aliados: o marco alemão. Para empresários autônomos, a relação de troca era mais favorável.
     Estaline reagiu à reforma monetária na Alemanha Ocidental ordenando que o lado ocidental de Berlim fosse bloqueado. Para incorporar essa parte da cidade à Zona de Ocupação Soviética, mandou interditar todas as comunicações por terra. Isolado das zonas ocidentais e de Berlim Oriental, o oeste de Berlim ficou sem luz nem alimentos de 23 de Junho de 1948 até 12 de Maio de 1949. A população só se manteve a salvo graças à ponte aérea dos Aliados, que garantiu seu abastecimento.
     No dia 23 de Maio de 1949, os aliados ocidentais promulgaram a Lei Fundamental, elaborada por um conselho parlamentar, dando origem à República Federal da Alemanha. A denominação Lei Fundamental sublinhava seu caráter provisório, pois somente depois que o país voltasse a ser uma unidade deveria ser ratificada uma Constituição definitiva. O novo Estado tinha Bona por capital.
     A União Soviética, que integrara a zona leste do país à sua estrutura de poder, não ficou atrás, anunciando, em Outubro de 1949, a fundação da República Democrática Alemã, tendo Berlim Oriental como capital. Seu regime era comunista e de economia planificada, dando prosseguimento à socialização da indústria e ao confisco de terras e de propriedades privadas. O Partido Socialista Unitário passou a ser a única força política na "democracia antifascista" alemão-oriental.
Com o surgimento de dois Estados, a Alemanha tornou-se o marco divisório de dois blocos e sistemas político-econômicos antagônicos liderados pelos EUA, de um lado, e pela União Soviética, de outro. Em nenhuma outra parte do mundo a Guerra-fria se manifestou com tanta intensidade. A divisão alemã persistiu até 1990.

     Na Segunda Guerra Mundial, após a vitória dos aliados, as mulheres alemãs foram estupradas pelos soldados soviéticos e este foi um assunto negligenciado por décadas. O misto de medo, vergonha e sentimento de desonra nas mulheres era agravado pelo intrincado contexto político e social no pós-guerra. O assunto era tabu sobretudo na Alemanha Oriental, onde qualquer crítica ao Exército Vermelho era inaceitável. Historiadores estimam que dois milhões de mulheres tenham sido violentadas na Alemanha por soldados após a guerra. Somente em Berlim, 100 mil mulheres teriam sido vítimas do Exército Vermelho. A maior parte dos estupros ocorreu nos territórios por onde o exército soviético passou, mas casos de abuso sexual ocorreram também na Alemanha Ocidental.


     


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