Com ela, difícil, não era falar
Difícil mesmo era ouvi a sua voz
Que parece está perdida por lá...
Lá, presa entre as cascas da noz.
Noz, que se abre com a força
Caso quisesse dessa forma usar
Mas nunca cortejaria uma moça
Pensando, com meus braços, machucar...
Sob meus olhos e, ainda, meus braços,
A noite sempre demora a cair
E com esses olhos não via teus passos
E nem com meus braços podia te sentir.
E o sonho do menino vagabundo
Era sonhar em conhecer o elo
Pelo menos, durante todo um segundo,
Entre imagens e som do seu sonho mais belo.
E o limite entre o sonho e a realidade,
Entre as árvores, foi quebrado
E já não podia dizer qual era a cidade
Nem a cor das flores ao lado.
Só os animais fingiam atrapalhar
Mas, sem querer eles ajudavam mais
E mais, juntavam nosso olhar
Num cenário de mais bela paz.
Enquanto pensava estar com a chave,
Que por muito tempo esteve perdida
Dentro de minha pequena nave,
Tu, de mim, já tinhas roubado, minha vida...
Marcão Miranda, 06 de abril de 2010.
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