quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Azul




A brisa que segue as borboletas
Hoje, veio de longe, perto do mar
Como iam elas ao mar de violetas
Olhar as estrelas a lhe esperar...

Também com essas borboletas fui eu
Sabendo, meu bem, que tu estavas lá
Perfeito sonho que me aconteceu
Pois, mulher igual a ti não há...

Sei que nunca haverá de existir
Alguém que venha completar tão bem
Não a mim, pois tão perfeita igual a ti
Nunca conseguirei encontrar no além.

No impossível azul eu me ponho
E acordo para linda realidade
Ao invés de viver só do sonho
Sem seu lindo amor, me entrego à saudade.

Livre, sinto-me quando contigo
Incrível, ao unir menina e mulher
Vem, me abraça, em nosso lindo abrigo
Irei, estarei e viverei ao teu lado
Agora e sempre, do teu namorado...


Marcos Miranda, 28 de julho de 2010.

“Você não sabe o quanto eu caminhei pra chegar até aqui”




Essa música, “A Estrada” da banda cidade negra, me faz pensar por quanta coisa passei e ainda passo, até agora. E me faz pensar que eu às vezes não posso ser eu mesmo. Não posso falar o que quero, quando quero. Eu cansei de não fazer mais as coisas do meu jeito, eu quero fazer do meu jeito, do jeito que eu sei fazer, pode não dar certo nunca do meu jeito, mas é o jeito que me faz sentir bem, é o que eu tenho que fazer. Conselhos eu escuto, tiro o que é bom deles, mas é do jeito que eu quero fazer, que eu quero fazer. Cansei de ficar calado, só recebendo as ordens do que deve ser feito, tenho que me impor, mostrar o que eu quero, não pretendo fazer mais do jeito que querem que eu faça, desse jeito pra mim não dá mais. Vai ser do meu jeito! É difícil não ser eu mesmo, a mais de 2 anos que pretendo ser e mostrar o que sou, sem me esconder. Eu prometi pra mim mesmo, ser sincero com o que sinto sempre, não vou mais me esconder, disso posso ter certeza. Eu não sou mais um menino que mandam fazer o que não quero. Já passei por isso, agora sou responsável! Talvez, só uma vez, que me lembro ter me achado irresponsável, pois coloquei, não que propositalmente, a vida de outra pessoa em risco, ou melhor, pensei que estivesse colocando, pois no fim das contas, talvez, a minha vida que poderia estar em risco naquele momento, mas que não passou de um mal-entendido. Eu não vou comprar briga sozinho, mesmo porque, essa briga não é só minha, mas se dependesse só de mim, eu estaria lutando pelo o que penso e acredito, como pretendo fazer, mesmo que a decisão final não caiba só a mim. Mas que isso me deixa bastante triste, isso me deixa, e muito! A repetição excessiva do pronome pessoal do caso reto, neste caso EU, é proposital, pois só quem pode mandar em minha vida sou EU mesmo. Espero que eu tenha conseguido desabafar, pois o que eu estou sentido agora, é mesmo, tristeza... por não poder fazer da minha forma... Mas, ainda assim, penso em soltar os cachorros...

sábado, 16 de outubro de 2010

O dia em que ensinaste o que não sabias






Era noite, mas não era fria
Era quente, era noite de calor
Que pra sua e minha alegria
Aquele barulhinho se calou...

Calor, calou e a música tocou...
Tocou e ninguém a atrapalhou
Outro som, não havia mais
Nem o som do rapaz...

Que aprendeu contigo
O que tu não sabias fazer
Mas que de alguma forma o ensinou,
Ensinou a, pelo menos, sozinho aprender...

E a tua dúvida então
Que minha também era
Tornou-se a solução
Para o barulho da espera.

Enquanto demoravas a responder
A índia, mudas em sua janela,
E o vermelho, verde vem a ser
Acompanhada da resposta mais bela.

E tuas dúvidas no caderno estarão
Pois ainda não as pude ver
Nos versos da interrogação
Que tens a escrever...


Marcão Miranda, 30 de Março de 2010.

A minha menina/Que maravilha/Zazueira

A Minha Menina

Composição: Jorge Ben Jor
 
 
 
 
Ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A lua prateada se escondeu
E o sol dourado apareceu
Amanheceu um lindo dia
Cheirando a alegria
Pois eu sonhei
E acordei pensando nela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A roseira já deu rosas
E a rosa que eu ganhei foi ela
Por ela eu ponho o meu coração
Na frente da razão
E vou dizer pra todo mundo
Como gosto dela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A lua prateada se escondeu
E o sol dourado apareceu
Amanheceu um lindo dia
Cheirando alegria
Pois eu sonhei
E acordei pensando nela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
Minha menina
Minha menina


Que Maravilha

Jorge Ben Jor

 

Lá fora está chovendo
Mas assim mesmo eu vou correndo
Só prá ver o meu amor
pois Ela vem toda de branco
Toda molhada linda e despenteada, que maravilha
Que coisa linda que é o meu amor
Por entre bancários, jatomóveis, ruas e avenidas
Milhões de buzinas tocando minha harmonia sem cessar
Ela vem chegando de branco, meiga pura linda e muito tímida
Com a chuva molhando o seu corpo lindo
Que eu vou abraçar
E a gente no meio da rua do mundo
No meio da chuva, a girar, que maravilha
A girar, que maravilha
A girar


Zazueira

Jorge Ben Jor

 

Ela vem chegando
E feliz vou esperando
A espera é difícil
Mas eu espero sonhando...
Uma flor é uma rosa
Uma rosa é uma flor
É um amor esta menina
Essa menina é meu amor...
Ela vem chegando
(Ela vem chegando!)
E feliz vou esperando
(E feliz vou esperando!)
A espera é difícil
(A espera é difícil!)
Mas eu espero sonhando
(Mas eu espero sonhando!)...
Pois menina bonita
É um céu azul
É um colírio
É um mar de rosas
É olímpica sua beleza
Ela é alegria
Da minha tristeza...
Oh! Oh!
Zazueira, Zazueira
Zazueira, Zazueira
Za Za Za Za Za Za Za...
Ela vem chegando
(Ela vem chegando!)
E feliz vou esperando
(E feliz vou esperando!)
A espera é difícil
(A espera é dificil!)
Mas eu espero sonhando
(Mas eu espero sonhando!)...
Pois flor é uma rosa
Uma rosa é uma flor
É um amor esta menina
Esta menina é meu amor...
Zazueira, Zazueira
Zazueira, Zazueira
Za Za Za Za Za Za Za Za
Do meu Brasil!
Zazueira!...

sábado, 2 de outubro de 2010

Cabelo






Assim como deixei o cabelo crescer, contra um monte de gente que me chateava para cortar, também o cortei. O cabelo é meu, tenho o direito de fazer o que quiser. Posso deixar crescer, posso cortar, fazer o que quiser. Cansei mesmo de ouvi um monte de gente, agora, me chateando porque cortei. Cortei porque tiver que cortar, cortei porque quis. Ninguém mandou. Aliás, mandou sim, um monte de gente mandou. Mas isso entrava por um ouvido e saia pelo outro. Eu não vou dizer por que eu quis e tive de cortar, isso não importa, o cabelo é meu. Só não quero ter que ficar ouvindo MERDA dos outros. Achou ruim porque cortei o meu cabelo? Deixa o seu crescer. Nada foi mais triste do que corta-lo. Por está escrevendo isso, acho que ainda não superei, e doí! Doí sim. Quem mais do que eu sofreu ao ter cortado o meu cabelo? Ninguém! Eu queria ter o meu cabelo, ser chamado de cabeludo, quando jogava bola e tal... Mas tive que cortar, foi uma escolha minha, SÓ minha. A única coisa que eu queria, era que não lembrassem a todo o momento de que eu o cortei. Eu sei disso, eu vejo no espelho, sinto que estar faltando alguma coisa. Mas cabelo cresce, aliás, estar crescendo...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Coelhos...


Um dia, dois coelhos foram presos em buracos, distante um do outro, contra a vontade dos mesmos. Escavaram, traçaram um túnel, que acabou por ligá-los. E esse túnel, fez com que eles fossem conhecendo-se e aproximando-se cada vez mais. Até chegar o dia em que um não conseguiria viver mais sem o outro. E mesmo ainda presos por lá, não pensam em sair, já que esse buraco tornou-se o lugar mais lindo do mundo para se viver. Pois, qualquer cenário, não faz diferença alguma quando juntos seus corações estão.


19 de maio de 2010

Normal



O que é ser normal?
É ser alto, baixo?
Ficar na sua ou ser o tal?
Magro, gordo?
Racional ou animal?
Cabeludo, careca?
Rico ou sem um real?
Ter barba, bigode?
Ter saúde ou passar mal?

Quem foi que disse o que é normal?
Foi o padre, o bispo ou o cardeal?
Quem foi que disse o que é normal?
Foi o juiz, o bandido ou o policial?

E pra você o que é normal?
Morar com sua família na cidade,
Escondê-se atrás dos muros da maldade,
Afastando os seus filhos do imoral,
Ver no egoísmo, castidade e hipocrisia,
A normalidade ir embora com sua alegria?

Quem foi que disse o que é normal?
Foi o padre, o bispo ou o cardeal?
Quem foi que disse o que é normal?
Foi o juiz, o bandido ou o policial?

Quem foi que disse que eu só posso escolher
O bem ou o mal?
Que se quiser eu posso vencer
Ficar rico, sem explorar o fulano de tal?
E quem disse que tenho que ir pra escola
Estudar, brincar e não poder passar cola?

Ah... Sou obrigado a tudo o que não gosto
Tenho que entrar no mercado de trabalho
E se pedirem, não posso dizer que mostro
Pegando o primeiro ou o melhor atalho
Posso passar por cima da água e do sal,
E fazer o que agora é normal.

Quem foi que disse o que é normal?
Foi o padre, o bispo ou o cardeal?
Quem foi que disse o que é normal?
Foi o juiz, o bandido ou o policial?


Marcão Miranda, 24 de abril de 2010.

domingo, 29 de agosto de 2010

Num segundo

O que tu farias em um segundo?
Comprarias um carro, mudarias o mundo?
Darias um murro no Raimundo?
Ou sairias na chuva e pularias num poço sem fundo?

Num segundo não dá pra ir ao ataque
Só dá pra cobrar o lateral
Dá pra dar um xeque, sem mate
E levar alguém a passar mal...

Num segundo não se pode ter uma ereção
Mas por um segundo, pode-se ejacular
Quer você queira, quer não
E fazer sua parceira engravidar.

E ela pensa na camisinha ao lado
Que, ao invés, de seus corpos separar
Na casa de seu namorado,
Estava na estante, a enfeitar...

E depois de um segundo dentro, seu filho sai
Depois de nove meses, quando a ficha cai, papai
Você o ver pela primeira vez,
E aquele segundo já se desfez...

Num segundo seu filho fica órfão
Sem que possa fazer nada
Por causa de uma parada no coração
Quando dormia de madrugada.

Ela e ele ficaram sozinhos
Entre as ruas, casas, árvores e o rio
E aos olhares dos visinhos
No segundo em que você partiu.

Mas, há um segundo, essa história poderia ter acabado
E você ainda estaria feliz ao seu lado
E ao lado de seu filho querido
Que depois, em seus braços, poderia ter adormecido.



Marcão Miranda, 24 de abril de 2010.

O que estou a fazer aqui?

Pensei muito, muito mesmo antes de ter um blog. Para falar a verdade, quase uns dois anos pensando se valeria a pena ou não. Ainda não cheguei a conclusão nenhuma (risos), e acho que só começarei a chegar a uma conclusão agora que comecei a escrever. Caso isso seja chato e não sirva pra nada, como por enquanto, acho que não vai servir para muita coisa, excluo sem nem pensar duas vezes. Tentarei pelo menos, postar de dois a três textos por semana aqui, mas se ele me empolgar de verdade e tiver tempo, escrevo mais! Mas porque escolhi esse titulo? Por dois motivos: o primeiro porque, realmente, eu quero saber o que estou a fazer aqui... Esse “aqui” é tanto no blog quando na minha vida, qual a minha importância? Se é que tenho alguma importância. E o que eu posso mudar em mim ou até mesmo nos mais próximos? Isso eu não sei. Só sei que será tema de uma outra postagem mais para frente; o segundo é com relação a quem vai ler isso aqui, se é que alguém vai ler. O que você está fazendo aqui? Tanto neste blog que praticamente só falará de mim mesmo, como também aqui na terra, o que você está fazendo de sua vida? Eu não sei o que estou fazendo da minha. Aliás, sei sim. Estou vivendo como nunca o fiz antes! Vivendo de verdade. Aproveitando o que tenho. Aproveitando esse bom momento... Então, esse blog fala/falará de mim quase que única e exclusivamente... O que eu penso, acredito, faço ou quero fazer... É isso! Quer me conhecer um pouco melhor? Esse não é, nem será o único e melhor, mas sim, um dos vários canais...