segunda-feira, 21 de março de 2011

VOZES DA GUERRA FRIA




Palavras discriminativas inibem pessoas ingênuas
Em alojamentos abarrotados de soldados
Graças à ditadura intelectual
Perigo racial destacado no jornal.

Com cartazes aliados a educação
O mundo destruído por uma nação
Guerrilheiros desanimados no porão
Mortes amargam-se sem perdão.

Eu faço guerra, guerra, guerra com as palavras.
Eu faço guerra, guerra, guerra sem as armas.

Tentando se mobilizar
Os soldados armados querem lutar
Lutar com sua psicologia, literatura e filosofia
Para que tenhamos uma junta militar

A paz está ameaçada
Pois o conflito está pra começar
Só que os guerrilheiros não querem aparecer
Assim não tem a quem combater

Se sobrevivermos à terceira guerra mundial
A quarta será a pedra e pau
E a quinta será apenas com as palavras

Eu faço guerra, guerra, guerra com as palavras.
Eu faço guerra, guerra, guerra sem as armas.

O mundo todo se aquece
E os Estados estão prontos para agir
Contra as manifestações da juventude
Que do passado não se esquece
De quando eram governados por cretinos
Nos conflitos contra a sociedade democrática nos países latinos

Eu faço guerra, guerra, guerra com as palavras.
Eu faço guerra, guerra, guerra sem as armas.

O ódio se alastra por cartas, livros e redações
E os remanescentes apreensivos nas bibliotecas
Dividem-se entre as estações
                                                                                                         
Agora estamos bem armados
E o mercado em crise financeira
Os discursos já foram firmados
Enquanto brigamos por poeira

Eu faço guerra, guerra, guerra com as palavras.
Eu faço guerra, guerra, guerra sem as armas.

Guerreiros guerreando pela paz
Já que a paz e a guerra estão em debate
Só depende de nós decidimos
Entre o futuro e o combate

Eu faço guerra, guerra, guerra com as palavras.
Eu faço guerra, guerra, guerra sem as armas.

Marcos Vicente Miranda Santos, Aracaju, 2006.

Para preservar vidas, a “ONU” ataca e acaba com outras!

sábado, 19 de março de 2011

Um lugar




Pense num lugar que não existam diferenças
Um lugar que não existam raças
Pense num lugar que não existam caças
Um lugar que não existam crenças.

Pense num lugar que não haja ladrões
Um lugar que não haja polícia
Pense num lugar que não haja pobres peões
Um lugar que não haja milícia.

Pense num lugar em que todos somos nós
Um lugar em que você não está sujeito a ninguém
Pense num lugar em que você seja alguém
Um lugar em que todos não estamos sós.

Pense num lugar diferente deste meu
Um lugar igual a esse mundo de lá
Pense num lugar que ela não se esqueceu
Um lugar que quem quiser pode voltar.

Pense num lugar que não haja poder
Um lugar que você possa cantar
Pense num lugar que você deveria conhecer
Um lugar que quem desejar pode ficar.

Pense num lugar em que você siga seu ritmo
Um lugar em que não haja nenhum tipo de dor
Pense num lugar em que só não haja o mito
Um lugar em que só haja o amor.

Pense num lugar onde vivemos
Um lugar que persisti
Pense num lugar que não vemos
Um lugar que não existe. 

Marcos Vicente Miranda Santos
Aracaju, 2008.

Eu não estou ganhando nada, estou pagando! Porque tenho que ser garoto-propaganda?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Ao passado




Foi, porque não sei o que melhorar
E não modificaria o que lá está, só pra te encontrar...
Só pra te encontrar, antes do agora, arriscar
Arriscar, por algo que nunca poderia alterar...

Quando o tempo passou, foi legal
Pois, do passado ficou a história
Que me fez não colocar em jogo o real
Na tentativa de melhorar o que vivo agora...

E se pudesse, faria tudo como fiz
E se pudesse, não voltava a ti, mesmo infeliz.

Só sei o que acho que sou
Ou o que deveria ou devo ser
Devido ao que tenho de viver
Transformaram-me no que restou...

E se sou assim, foi porque fiz o certo e errado
Mas foi o que me fez aprender a olhar para os dois lados
Pelo menos, até a hora do sol se pôr
Formou o que dizem que ainda sou...

E se o passado mudasse o presente?
Ou o ajudasse a não encontrar o futuro?
Por que mudar o que já foi, mas não está ausente,
Ao invés, de aprender com os erros mais duros?

E se quisesse, faria tudo como quis
E se quisesse, não voltaria, buscaria ser feliz.

Não colocaria o que sou e tenho
Por mais que quisesse alguma coisa mudar
Mesmo que usasse de muito empenho
Não voltaria a me arriscar por lá...

Pois, se fizesse tudo como fiz
Não voltaria, continuaria a ser, contigo, feliz.



Marcão Miranda, 20 de julho de 2010

domingo, 13 de março de 2011

Aqui comigo





A quinze dias de lembrar que você não está aqui
À uma hora e meia de esquecer isso tudo, ali
Pensando nas formas de sua boca amada
Que, agora, não me diz mais nada.

Faz tanto tempo que não posso lhe ver
Que meu coração encontrou na ânsia
O aumento da distância
Entre lhe amar e tentar lhe esquecer.

Mas nada ainda deu certo para nós dois
Pois o que poderia ser um laço de amizade
O tempo deixou pra mais nunca ou pra depois?
Espalhando-lhe por sete cidades.

Queria ter o que não consigo,
Queria ter você cantando aqui comigo.

Hoje, as mangas não cobrem as cicatrizes
Já que as feridas abertas estão
Por culpa da crise
Descrita naquela canção.

Tentando juntar o irreal e o real,
Para lhe ter outra vez, meu amigo,
Ao ouvir o vento no litoral
Queria ter você cantando aqui comigo.


Marcão Miranda, 26 de setembro de 2009.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Quase Sem Querer

Legião Urbana

Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Renato Rocha
 
 
 
Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo e tão contente.
Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém?!...
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.
Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.
Tão correto e tão bonito;
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos!
Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?
Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto.
Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.

Casamento?


O mais importante mesmo, é saber o que se sente de verdade, e não pedi uma autorização a sociedade para ser feliz... E casamento é isso! Uma autorização para ser "feliz", para que a sociedade não fale, para que se possa transar, porque para fazer amor não precisa de autorização nenhuma, só sentir...



Ah... Essa foi uma resposta no orkut, sobre o que eu achava do casamento.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Lívia





Não faz sentido
Distinguir sonho e realidade
Quando estou contigo
Nada faz sentido
Minha altura, sua idade
Pois, é seu cheiro que me deixa perdido.

Não faz sentido
Contar os segundos para lhe rever,
Quando estou sem você
Nada faz sentido
Olhar para lua, olhar para marte
Ou escrever ao invés de beijar-te.

Não faz sentido
Sair pelas ruas sem direção
Quando não está comigo
Nada faz sentido
Correr na reta, parar na contramão
Ou sermos apenas amigos.

Não faz sentido
Qualquer coisa escrever
Assim como o nome que chamo,
Só faz sentido
Quando digo ou quero dizer
Lívia, te amo.


Marcão Miranda, 1° de maio de 2010.

sexta-feira, 4 de março de 2011

ESTOU VIVO DE UMA MANEIRA COMO NUNCA ESTIVE!


  Era difícil chegar às respostas
Mesmo depois de aprender as perguntas
Pois as dúvidas estavam postas
Diante das apostas que tinha feito de errado,
Que mesmo sem pensar, as ações eram muitas
Nos momentos em que ela me deixava encantado.

Sempre que eu a buscava,
E corria a sua procura
Seus rastros, não encontrava
Assim, como suas pegadas ou suas “loucuras”.

Enquanto as engrenagens,
Espalhando minhas mensagens,
Levavam-me para outro lugar
Ao mover-se em sua própria rotação
Deixava no retrovisor, o lar
E no caminho, o meu coração.

E há quantos dias tento lhe acompanhar?
Talvez, durante toda a minha vida...
E quanto mais perto chego de sua ida,
Mais longe fico de lhe achar
Pois, minha fome de sua comida
Parece que nunca vai passar.

E preso pela nossa igualdade
Nunca pensei em ficar
Mas estarei junto da fraternidade
Por mais longe que a outra estará.

Marcão Miranda, 12 de setembro de 2009.